quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Infecção Respiratória e Fome

Vou começar pelo começo. (Viva Redundânciaaaa)
Venho há alguns dias com tosse e coriza, nada de anormal, considerando o clima da região da Serra Gaúcha, com suas inumeras oscilações climáticas.
Chá, anti-térmico, repouso e nebulização era o que vinha usando.
Ontem sai pra uma caminhada e dia estava muito frio, ao chegar em casa as coisas evoluiram, uma dor forte nos pulmões, isso me assustou, aguentei a noite, consegui dormir, mas tive muita febre.
Hoje era só passar o efeito do remédio e a dor nas costa voltava atróz. Comi algo pra poder tomar a medicação e um tomei um chá pra resfriado e voltei pra cama, tive que correr pro banheiro e vomitar, acho que foi em função da dor.
Mamãe deu basta e disse que iríamos ao médico.
Atendimento pelo SUS, conseguimos um médico muito bom que deu o diagnóstico de Infecção Respiratória, descartou a Gripe A. Escapei do porquinho!
Até aqui contemplei a 1ª parte do título, passemos a segunda.
Como disse que havia vomitado pela manhã e sai sem almoçar, as 13hs estava com muita fome.
Estávamos esperando o ônibus, diga-se de passagem que foi uma espera longíssima, pq o transporte público de Bento Gonçalves não é dos melhores. E a fome lá me perseguindo, tentamos um chicletinho, que me deu mais fome.
Essa sensação me fez refletir sobre as pessoas que passam fome no seu dia-a-dia.
Eu estava ali sentadinha, tinha a minha disposição a minha ótima mãe pra conversar, tinha um livro maravilhoso As Sandálias do Pescador de Morris West e um mp3 cheio das minha músicas prediletas, mas nada disso me atraía, não consegui me concentrar, a fome clama muito mais alto, ela se faz presente, não está nem ai para o que pensamos querer, o nosso corpo precisa de energia e simplesmente ele faz de tudo pra obter.
Eu, graças a Deus, nunca passei fome, Deus é muito generoso comigo e me deu pais super zelosos.
Comecei a pensar nas pessoas que convivem com essa situação no seu cotidiano.
O que me remeteu as políticas assistencialistas, que muitos condenam pelo abusos que alguns comentem, no entanto há uma população que realmente depende dessa ajuda. Devemos ensinar a pescar, mas como aprender estando com fome?
E não é só o Estado que tem que fazer algo, e eu como cidadã, como cristã o que estou fazendo pra minimizar isso?
E respondo: NADA, por enquanto.

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